O ano de 2011 ficou sem representante legal por aqui, mas 2012 é o ano do fim do mundo (segundo alguns acreditam) e não poderia passar em branco. Estive, por influência de um amigo, relendo algumas das minhas postagens antigas e tive uma agradável experiência! Nem eu me lembrava da maioria das coisas que escrevi e confesso que me diverti bastante! E foi aí que pela primeira vez me posicionei no lugar do leitor. Tive a experiência de crítica de mim mesma! Percebi, então, que minhas postagens sentimentalóides e pseudo poéticas eram sacais de uma maneira agressiva. Nível vergonha alheia. (Embora tenha sentido de mim mesma, isto se constituiria alheia porque estou me posicionando como expectador) Nunca mais farei isso, prometo. E prometo a mim mesma porque também percebi que o intuito principal deste blog foi alcançado: Entreter a mim mesma no futuro. Se voltarem à primeira postagem, verão explícito este objetivo.
Nunca mais farei isso também por crer que não seria mais capaz. Com o passar dos anos o músculo mais tonificado do meu corpo foi justamente o coração.
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O trecho acima foi escrito em setembro deste ano e desde então muita coisa mudou. Tanto que me parece absurdo analisando assim, friamente, pelo pouco tempo que se passou. A última fase foi escrita de madrugada e provavelmente introduziria um apaixonado discurso sobre o desenvolvimento de couraças e armaduras, defesas infalíveis, técnicas de invulnerabilidade. Tudo fachada! É frustrante admitir que sou uma fraude.
O que me faz refletir sobre a relatividade do tempo. Quanto é muito, pouco ou suficiente? Quais os critérios de definição? Um segundo pra quem está competindo uma prova de 50 metros livres é uma eternidade, enquanto 50 anos são uma poeira na história do universo. Acho que tudo depende da importância do evento naquele intervalo de tempo. Ou seja, foi decisivo? Aquele segundo na piscina seria. Os 50 anos no universo talvez não.
Voltando ao intervalo em questão, dois meses pode parecer um curtíssimo intervalo, mas pode ser o tempo decisivo pra mudar uma vida, uma mente, um rumo. E decididamente o foram. Digo porque uma pequena alteração na rotina, a introdução de um novo elemento na dinâmica diária pode subverter totalmente a antiga lógica das coisas. A importância que cada elemento assume... O estabelecimento das prioridades.
Intensidade. Tá aí. Eis a palavra. As experiências são menos ou mais marcantes de acordo com a intensidade com a qual nos entregamos a elas ou com a qual nos atingiram. E diante disto, meu amigo... Pouco importa se tudo aconteceu em segundos, minutos, dias, eras (eões? :P). A sua entrega define quanto te atingiu. Quanto te mudou.
Às vezes tudo depende de uma pequena decisão! Simples... Ou não.
Não quero entrar em pormenores e fazer definições. Este discurso se aplica a tantas esferas que prefiro deixar cada um encaixar no que melhor lhe convier. Eu tenho pelo menos três aplicações práticas pra isso. E uma delas está timidamente rascunhada nas entrelinhas.
Serei mais explícita na próxima. Já tenho até o texto feito! Mas... “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu”.